Índice

 

 

Ciclídeo Notícias

2

 

 

Renovação de quotas

2

 

 

APC na Aquadecor 2004

3

por Ricardo Fonseca

 

 

 

A Importação da APC

5

por Paulo José Alves

 

 

 

Julidochromis marlieri  “Katoto”

7

por Benoit Jonas

 

 

 

Cooperativa APC

9

 

 

Herichthys cyanoguttatus

10

por José Luís Blanco

 

 

 

Preparação de madeira para o aquário

13

por Manuel Zapater

 

 

 

Fototeca APC

16

 

 


Editorial

por Paulo José Alves

Presidente da APC (#2)

Planear, calcular a médio ou até a longo prazo, não é uma característica nacional no que concerne aos ciclidófilos. Na maior parte dos casos há um suceder de espécies nos aquários sem ordem, um acréscimo de aquários ao acaso, gastos inesperados, etc. Claro que muito do que se passa com o nosso hobby não pode ser planeado, mas a regra geral é não prever nada. Agora que o ano começou podemos alterar essa situação e erradicar grande parte das surpresas pelo simples acto de prever o que vai acontecer inevitavelmente e calcular as consequências. Aqui podemos incluir as mudanças que desejamos fazer, novos aquários, espécies, filtros, etc. Temos que ser realistas ao máximo e ver se é possível, se haverá dinheiro para tal, quais os possíveis obstáculos. Como exemplo, e no que concerne à APC, é muito provável a realização duma importação de peixes na Primavera. Ora aqui está algo que não pode ser ignorado, a possibilidade de adquirir a um preço muito vantajoso espécies que se queria adquirir há bastante tempo e que eventualmente até não se encontravam no nosso mercado. Para o fazer, primeiro temos que ver se haverá verba para encomendar peixes ou não, depois se há lugar para os futuros hospedes, ou se adquirir um ou mais aquários não é sonhar alto? Filtros, aquecimento, etc... Ainda há orçamento ou já rebentou?  Usar o que se tem é óptimo se os nossos hóspedes actuais não andarem já ás cotoveladas, pois infelizmente a regra é termos sempre já demasiados peixes nos aquários. Não esquecer que não é só gastar. A família, quer queiramos quer não, é capaz de querer ter algo a dizer em relação a gastos perdulários e totalmente inúteis (na opinião da família claro). Se não for possível um acordo de paz, aconselho vivamente o desvio sub-reptício de verbas e negar, negar sempre, que todo aquele material novo e peixes devem ter sido muito caros. Em ultimo caso  quando confrontado com que os dois novos aquários, quatro filtros, duas rampas de iluminação, variado outro equipamento, 17 novos peixes e varias placas de comida congelada são os responsáveis por um vácuo inexplicável na conta conjunta, afirmar que está a fazer uma grande confusão, que não percebe nada do assunto e insinue que o estado da conta terá a ver com outros gastos, esses sim alheios á sua responsabilidade... Para a paz conjugal convém que a cara metade NUNCA veja uma factura de quanto custa a comida congelada ou ovos de Artémia ou um filtro exterior ou aquele conjunto de Tropheus selvagens sem os quais não podemos viver. Esposas com capacidade de encaixe para aceitar tais gastos são raras e os seus nomes deviam estar numa base de dados de modo que, se se divorciassem, outros ciclidófilos pudessem casar com elas… Portanto a convivência ao longo do ano com a família não deve ser esquecida sobretudo o procurar não forçar a paciência do “oponente”. Aqui é útil prever as reacções e prever uma estratégia de “contenção de danos”. Devemos esperar o não previsto, como as reproduções que são muitas vezes inesperadas e os alevins são muitas vezes tratados como hóspedes indesejados e mantidos em situações inadequadas. Uma ninhada de alevins necessita de um aquário próprio, naturalmente com todo o equipamento necessário. Pensemos nisso! Outro assunto muitas vezes não previsto são as doenças. Convém ter já o tratamento necessário para as mais comuns para que quando as doenças apareçam, os afazeres pessoais e profissionais não se metam no caminho só permitindo a compra e aplicação do medicamento dias depois. Planeiem e calculem, isso vai poupar-lhes muitos dissabores. Que tenham um óptimo Ano Novo. ¥


APC na Aquadecor 2004

Artigo de Ricardo Fonseca; APC #5

Fotos de Aníbal Pereira; APC #4

Estávamos em Agosto de 2004 quando recebi um telefonema do Sr. Paulo Amaral, responsável pela exposição Aquadecor 2004. Este telefonema serviu para convidar a Associação Portuguesa de Ciclídeos (APC) a participar no certame, à semelhança do que havia sido feito no ano de 2003, pretendendo-se, contudo, uma participação bem mais ambiciosa.  Fui informado que o espaço que nos era destinado, caso aceitássemos o desafio, seria 4 vezes superior ao que nos foi destinado no ano de 2003 e que teríamos à nossa disposição 10 aquários, de cerca de 100 litros cada, para a exposição dos nossos amados ciclídeos. Se a ideia era entusiasmante, a verdade é que a primeira reacção, tanto minha como dos colegas de Direcção e áreas executivas, foi a de responder: “10 aquários?!!!!!!... como é que vamos encher isso tudo com peixes?!”.

 Depois de muito discutida na reunião de Setembro, todos acabaram por aderir à ideia e lançar mãos à obra. A participação nos moldes pretendidos iria envolver, por parte da Direcção e dos sócios mais mobilizados, um esforço adicional, quer na obtenção de material, na diplomacia familiar, na cedência e transporte de peixes para a exposição e na disponibilidade financeira para suportar alguns custos inerentes à presença na Batalha.

A participação foi muito bem preparada e programada, muito graças ao Luís Alves que partilhou comigo, na medida da disponibilidade de cada um de nós, a responsabilidade de coordenar a participação no certame.

Para os que pensam que o stand foi montado de véspera, sempre se adianta que na Quarta-feira anterior ao fim-de-semana da exposição já alguns carolas se deslocavam para a Batalha para preparar a limpeza, montagem e enchimento dos aquários que iriam albergar tanto os ciclídeos que muito gentilmente foram cedidos para exposição por alguns sócios, como os peixes e plantas que iriam ser oferecidos, aos novos sócios que se inscrevessem durante a feira. Desde já, um obrigado muito especial aos sócios que disponibilizaram peixes com essa finalidade.

Atendendo às reais dimensões dos aquários que nos foram disponibilizados e ao facto de um dos nossos sócios ter transportado o seu próprio aquário para a exposição, verificou-se que, no fim de contas, em vez dos inicialmente previstos 10 aquários acabámos por ter 12.

Na madrugada de Sábado dia 4 foi feito o acondicionamento dos peixes para que tudo estivesse pronto aquando da abertura da feira ao público.

A feira foi um sucesso, tanto a nível de bilheteira, como a nível de visitas de que o nosso stand foi alvo. Foram levadas a cabo várias novas inscrições e algumas renovações, tendo ainda sido amplamente disponibilizadas informações sobre o hobby sempre que solicitadas. Foram várias as espécies em exposição, sendo algumas delas destinadas a oferta, muitos os sócios que apoiaram a iniciativa e que colaboraram, quer  estando presentes,  quer participando no que lhes foi possível e até alevins de ciclídeos em água salgada havia para mostrar.

Vários filtros DIY estiveram em exposição, também. Documentação relativa a uma expedição à Guiné, realizada por dois sócios à procura de ciclídeos por aquelas paragens, estava disponível para consulta, bem como as fotografias da exposição, que passaram em slide show.

Em jeito de conclusão acho que se pode dizer que a iniciativa foi muito conseguida, havendo já a promessa de novo convite para participação no ano que vem… e se tudo correr bem, lá estaremos.


Ficha técnica da participação

Número de aquários….. 12

Total de litros de água … > 1000 litros

Espécies em exposição:

- Vieja maculicauda;

- Herichthys carpintis;

- Cichlasoma facetum;

- Apistogramma trifasciata;

Nannacara anómala;

- Oreochromis mossambicus (fêmea de boca cheia)

- Pseudotropheus estherae (Red Zebra);

- Julidochromis ornatus,

- “Matumbi Hunter”

- Astatotilapia Latifasciata

- Haplochromis sp. “44”

- Sarotherodon melanotheron F0

(com alevins F1 acondicionados em água salgada)

Espécies para oferta:

- Pterophyllum scalare;

- Pelvicachromis pulcher;

- Cyrthocara moori;

- Julidochromis ornatus;

Filtros DIY em exposição:

6 filtros diversos entre filtros de copo e secos-húmidos. ¥  

 


Associação Portuguesa de Ciclídeos

Apartado 28 – 7300 Portalegre